Partilhas

Este blogue pretende ser uma partilha do tradutor/editor dos livros Abrindo as Portas que há Em Nós e de Escolhendo Amar com os leitores a quem,
em especial a leitura do primeiro, possa ter modificado as suas vidas, e com quem sinta necessidade de encontrar segurança, paz e harmonia na sua vida;
e também sobre como o segundo livro nos pode ajudar a erradicar os medos das nossas vidas ensinando-nos a amar verdadeiramente...

Nota: Os textos apresentados neste blogue são da responsabilidade do Editor e não dos Autores dos livros aqui divulgados,
excepto quando se trata de citações reproduzidas entre aspas com a devida menção autoral.

Informação: Tratando-se a obra Abrindo as Portas que há Em Nós dum livro de meditações quotidianas,
o editor/tradutor
adverte que os conceitos holísticos aqui apresentados não estão condicionados a nenhuma religião em particular.

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11.11.11

O dinheiro, o medo e a Felicidade


As nossas escolas, e a nossa educação mesmo a nível familiar, não nos dão verdadeira preparação para a vida. Aliás, aquilo que se aprende são coisas básicas, por vezes falsas e muitas vezes inúteis para se conseguir viver uma vida, verdadeiramente, em condições. São-nos transmitidos conceitos como “o que importa é a carreira profissional que se escolhe”, “o importante é sabermos como conseguir dinheiro” e “o status que se vai conseguir alcançar”; ou seja, aquilo que nos fazem crer é que a aparência que iremos poder transmitir aos outros será mais importante do que aquilo de que nós precisamos saber: como nos relacionarmos uns com os outros.

Não nos são transmitidos conceitos de como, virmos um dia, a criar os nossos filhos. Só nos resta irmos observando o comportamento dos nossos pais, tanto dum como do outro e na forma como eles nos tratam. Lembremo-nos que eles também não foram ensinados sobre isso. Na escola não há uma disciplina onde se transmitam, pelo menos, algumas das noções básicas da vida. A escola relega isso para os pais, e muito bem, só é pena que os pais achem que esse assunto é da responsabilidade da escola. E neste jogo do “empurra” ninguém acaba ensinando coisa alguma.

Chegamos à fase adulta e começamos a ter a oportunidade de olhar à nossa volta e termos mais pontos de referência para podermos fazer a comparação  com a educação que nos foi dada. Mas não ficamos muito mais elucidados! Constatamos que há uma multiplicidade de critérios que até divergem daqueles que os nossos pais adoptaram e nos transmitiram! E chegam os comentários, as opiniões e as críticas… e os jovens ficam sem saber se aquelas observações têm mesmo consistência ou se apenas estão em oposição àquilo que imaginavam estar correcto. Lá vem mais insegurança juntar-se a toda a bagagem anterior de medos e incertezas. E lá continuamos todos a transmitir às nossas gerações futuras conceitos mais ou menos certos, outros, mais ou menos errados, mas quem sabe, no meio de tantas opiniões algumas lá possam ter o seu quê de fiabilidade!

Ninguém diz: “Faz aquilo que a tua consciência te ditar!”. Não, isso não. O que cada um vai querer é impor o seu ponto de vista: “Faz isto”, “não faças assim”, “faz da outra maneira”, “não tens jeito para nada!”… “Da outra forma era melhor!” A partir deste salsistré de opiniões e ordens antagónicas os jovens vão construindo a sua forma de agir e quantas vezes cheia de receios como: “estarei a fazer certo?”, “será assim? E se não for, irei ser criticado!?”, pior do que isso, muitas vezes o receio já não será o de ser criticado e julgado mas sim o medo de ser condenado por haver uma remota hipótese de não se terem feito as coisas como “deveria”. E o que será isso do “como deveria”!? E se não for feito, como “se deveria” fazer? Haverá mesmo julgamento? Condenação? E pena a cumprir!?

Pois é, parece que são muito poucos os que sabem ensinar e bastante mais aqueles que sabem exigir e criticar.

Voltemos às escolas, serão lá ensinadas às crianças como viver em sociedade de forma pacífica e humanizada? Serão incentivados os pais a fomentarem uma conduta civilizada aos seus filhos? Ainda haverá alguém que se dedique a ensinar às crianças que nós, humanos, devemos ter respeito pelos outros seres humanos e pelos outros seres da Natureza? haverá alguém que transmita conceitos como os de respeitar os mais velhos, pois um dia também seremos como eles? Haverá alguém que diga a uma criança que não é bonito, não é útil e ainda por cima não é bom nem será recompensada por espezinhar alguém com o intuito de ficar por cima e obter alguma vantagem disso? Há valores que estão a cair no esquecimento, por outro lado há novos conceitos que estão a ser fomentados como o incentivo ao egoísmo em vez da amizade e da partilha. E além disso, os pais ainda acham que os seus filhos têm que ser os melhores!



No meu tempo de estudante ajudávamo-nos uns aos outros com o que cada um sabia, hoje cada aluno guarda o que sabe apenas para si com medo de ser ultrapassado pelos outros. A concorrência é enorme e é incentivada, mas não é saudável porque o mundo dos humanos não é o do salve-se-quem-puder (embora a maior parte das vezes assim pareça), mas sim o da cooperação e entreajuda transformando a vida em algo agradável de ser vivido. Cuidado com o que estamos a fazer às nossas crianças, o tempo que elas passam na escola e a violência com a qual são forçadas a conviver, num local que deveria ser de educação, é demasiado opressor e angustiante e não fará delas pessoas melhores mas, sim, mais infelizes. Outrora, tínhamos tempo escolar e tempo para os trabalhos de casa e para brincar também; e hoje, o que têm as crianças? Têm já uma tremenda responsabilidade às costas, antes mesmo de serem adultos. Já não há mais tempo para serem crianças, para brincarem e integrarem-se na Natureza, têm que passar o  tempo na escola.


O medo de não fazermos as coisas certas e de não agradarmos aos outros precisa de ser erradicado da nossa vivência. A nossa consciência é a nossa ajuda, o nosso guia, e diga-se em abono da verdade, nem sempre temos de fazer as coisas completamente certinhas, os erros também fazem parte da nossa aprendizagem, e por isso são-nos úteis, são nossos mestres, o importante é tratarmos de não os repetir.

Nas escolas ensinam-se os alunos para que obtenham conhecimentos que um dia lhes permitirão ganhar dinheiro, mas não se ensina ninguém a respeitar e amar o seu semelhante. Parece que isto é da responsabilidade da disciplina de Moral e não da formação do indivíduo. Depois em adultos é ver aqueles que ainda têm posses financeiras a gastarem os seus recursos com psicólogos, psicoterapeutas, psiquiatras e fármacos. Mas ninguém sabe qual o motivo de tanta angústia e medo. “Deve ser da vida, que é mesmo assim!” pensarão muitos, mas não é. A razão é daquilo que decidimos fazer da vida, da forma como decidimos complicá-la em de a facilitarmos.

É chegada a hora de inverter o rumo, abandonando os receios e os medos, assim como as angústias e depressões e restabelecermos o nosso poder individual que ninguém consegue destruir, substituindo os anteriores conceitos manipuladores do nosso subconsciente por outros mais positivos.

Segundo os autores de Escolhendo Amar necessitamos de passar por certos patamares antes de conseguirmos amar, e um deles é o da Segurança a vários níveis:
«Assim, o princípio do amor (e a consequente necessidade de aceitação e inclusão) não significa muito para nós até termos provido as mais básicas necessidades. Alimento para o estô­mago. Roupas no corpo. Um tecto sobre a nossa cabeça

Vamos, pois, libertar-nos voluntária e conscientemente daquilo que nos perturba e afecta, de modo a podermos considerar-nos pessoas plenamente felizes.

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