Partilhas

Este blogue pretende ser uma partilha do tradutor/editor dos livros Abrindo as Portas que há Em Nós e de Escolhendo Amar com os leitores a quem,
em especial a leitura do primeiro, possa ter modificado as suas vidas, e com quem sinta necessidade de encontrar segurança, paz e harmonia na sua vida;
e também sobre como o segundo livro nos pode ajudar a erradicar os medos das nossas vidas ensinando-nos a amar verdadeiramente...

Nota: Os textos apresentados neste blogue são da responsabilidade do Editor e não dos Autores dos livros aqui divulgados,
excepto quando se trata de citações reproduzidas entre aspas com a devida menção autoral.

Informação: Tratando-se a obra Abrindo as Portas que há Em Nós dum livro de meditações quotidianas,
o editor/tradutor
adverte que os conceitos holísticos aqui apresentados não estão condicionados a nenhuma religião em particular.

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2.11.11

A Espiritualidade e a Matéria


   A espiritualidade é uma ferramenta
que nos ajuda a viver melhor no mundo da matéria...



Inverter a situação de crise

   Meus amigos, hoje as pessoas já se habituaram a ouvir falar de crise. Parece que a palavra já faz parte da vida das pessoas. Mas isso não é natural!
   Natural seria as pessoas evoluírem sem terem que viver situações de extrema instabilidade como a que se vive actualmente. E esse será o rumo que as pessoas terão que tomar se quiserem viver condignamente: estabilidade, harmonia e consciência.


  A que se deve a actual instabilidade vivida nos países chamados ocidentais?
   Deve-se a uma crise de valores. O mundo ocidental enveredou por um rumo de mercado capitalista que chegou ao neo-
-liberalismo actual colocando de lado valores éticos e morais.
Hoje, conseguir “fazer” dinheiro é mais importante do que tentar fazer as pessoas felizes.
   Procura-se obter dinheiro como se esse objectivo fosse a própria felicidade, e o que é que se observa? Mais infelicidade e novas lutas por questões básicas como alimento e saúde em populações que, em princípio, já deveriam ter alcançado um nível mais estável e evoluído. É necessário olhar para a humanidade como um todo e não como sendo composta por seres mais e menos evoluídos, ricos e pobres, bons e maus.  
   Estamos todos no mesmo barco e o seu afundamento leva ao afogamento de todos.


Fábrica clandestina, Hong Kong, China

   Hoje exige-se mais produtividade no mundo ocidental para se poder competir com mercados novos em países que não oferecem as mesmas regalias aos seus trabalhadores que o dito mundo ocidental já estava proporcionando aos seus habitantes. Isso deve-se a um fenómeno chamado globalização que tem em vista o lucro desenfreado sem se preocupar com a situação das pessoas que produzem essas riquezas. E o que acontece? O mundo ocidental vai perdendo postos de trabalho em favor de exploradores de povos que trabalham a troco de um prato de arroz, laborando e dormindo nos locais de trabalho sem direito a descanso condigno nem cuidados de saúde básicos, para não falar da inexistência de períodos de férias e subsídios de férias ou de Natal, nem subsídios de desemprego como os trabalhadores do mundo ocidental conseguiram alcançar.



   Hoje todas essas benesses estão ameaçadas porque a ganância dos mercados capitalistas, que contabiliza cifrões e não condições humanas dignas, avança desenfreadamente sem consideração pelos trabalhadores que proporcionam os lucros tão desejados.



   Ninguém parece pretender parar para pensar naquilo que se precisa fazer, e o que será?
   Dar um novo rumo à caminhada humana neste mundo. Como?
Pensando mais nos seres humanos e menos nos bens materiais. Para que servem os bens materiais? Para servir o bem-estar dos seres humanos. Então a matéria deve servir a humanidade e não serem os seres humanos a servir a matéria. Mas quando se diz que a matéria deve servir os seres humanos não se deverá pensar que nós podemos abusar desalmadamente daquilo que a matéria nos oferece. O uso tem que ser consciente.




   Com a globalização criada pela sociedade neo-liberal tende-se a escravizar os seres humanos em prol da produção de mais bens materiais. Ao marginalizarem-se os trabalhadores, atribuindo-
-lhes baixos salários criam-se situações de injustiça que tendem a criar situações de revolta e consequente aumento de criminalidade. Hoje vemos o crescimento de condomínios fechados para serem habitados por pessoas de alto poder económico, e vemos também a colocação de gradeamentos em portas e janelas de bairros de condição social mais baixa devido ao medo de assaltos. Então quem rouba vive em liberdade e quem não deve à justiça tem que viver enclausurado.

   Favoreçam-se os desfavorecidos e estes já não precisarão de roubar. Não é com a redução de salários ou manutenção de salários baixos e injustiças que a sociedade capitalista conseguirá manter a situação por muito tempo, pois sem dinheiro não há consumo, sem consumo não há emprego, e sem trabalho os homens do capital a médio prazo não terão a quem vender e obter os seus almejados cifrões.




   Qual será então a solução? É preciso que as pessoas percebam que são necessários valores éticos e morais como base da sociedade e não continuarem a praticar atitudes de salve-se quem puder como temos feito até agora.


   Uma das possibilidades de se alcançarem esses valores é as pessoas perceberem que a espiritualidade honesta é uma ferramenta útil. No mundo ocidental muitas pessoas se têm afastado da espiritualidade por desalento e sensação de estarem a ser ludibriadas. Muitas sentem-se exploradas pelas suas congregações religiosas como se sentem abusadas pelos patrões nos seus empregos. Outras deixaram de acreditar em respostas que não satisfazem as dúvidas da sociedade actual. E o resultado tem sido um afastamento dos valores básicos e fundamentais, podendo mesmo conduzir ao ateísmo como resposta à insatisfação e descrédito naqueles que, sendo responsáveis, não têm tido escrúpulos dentro de muitas organizações religiosas.
Entenda-se que espiritualidade não é obrigatoriedade de filiação em qualquer religião instituída, é sim acreditar e compreender que o mundo em que vivemos e o Universo em que estamos inseridos não pode ter surgido por mero acaso mas terá, sim, sido concebido e elaborado por uma Inteligência (ainda incompreendida por nós).



   Espiritualidade é percebermos que possuímos células inteligentes no nosso corpo e independentes das ordens do nosso cérebro. Espiritualidade é percebermos que as pessoas são “células” inteligentes de um outro corpo: a Humanidade. Se essas células se descontrolarem, como já está acontecendo, teremos um tumor que destruirá a totalidade do organismo. A Humanidade estende-se ao Planeta (ser vivo) que é uma célula de outro corpo: o Sistema Solar, e assim sucessivamente até chegarmos ao Universo conhecido, e por aí fora até aos Universos ainda não descobertos.



   Espiritualidade é percebermos que aquilo que fazemos aos outros também estamos fazendo a nós mesmos. Não existe o eu sem o outro. Eu não sou o bom e o outro o mau. Eu não estou sempre certo e o outro sempre errado. Eu e os outros somos um só, e ninguém no seu perfeito estado quer fazer mal a si mesmo.



   Durante muitos anos, por incompreensão do que me era contado, não acreditei na religião instituída na qual fui educado e tornei-me ateu.
   Mais tarde percebi que a realidade deveria estar entre o Deus que me era apresentado tradicionalmente e a minha negação da existência de seres divinos. Nem eu estava completamente certo nem a religião completamente errada, tendo acabado por me aperceber da minha própria espiritualidade que me permitia ver o mundo com outros olhos. Essa espiritualidade íntima foi-se enraizando através da compreensão de que existiam outras pessoas ao redor do mundo com crenças idênticas às minhas, apesar de outras com crenças opostas bem mais perto de mim.



   Acreditar verdadeiramente em Deus é também não ficar pensando que tudo nos é permitido se não for detectado pela vigilância e lei dos homens, pois se os seres humanos acreditarem que tudo o que fazem terá uma consequência, quer tenha testemunhas humanas ou não, pensarão mais antes de praticarem atitudes prejudiciais a terceiros.

   Assim, a solução para a actual crise que afecta tanto a sociedade do Estado-Providência europeu como a sociedade do cada-um-por-si americana, deve estar na mudança da forma de pensar do mundo ocidental, e de todas as outras sociedades que tendem para a imitação dos erros dos valores americanos (entenda-se: valores promovidos na sociedade dos EUA). Será bastante útil e produtivo fomentar-se o Comércio Justo em vez do neo-liberalismo desumano. É importante olharmos com respeito para os outros seres humanos bem como para a ecologia do Planeta. É necessário melhorar a situação de povos escravizados como os asiáticos, os africanos e latino-americanos proporcionando-lhes condições de vida condigna em vez de se fomentarem abismos ainda maiores, mas não diminuindo os benefícios alcançados pelos povos europeus, nomeadamente na área de saúde e apoio aos mais desfavorecidos independentemente da contribuição financeira de cada indivíduo. Impedir as pessoas indigentes de usufruírem de cuidados de saúde por não terem contribuído para o Estado-providência através de impostos é o mesmo que fomentar a proliferação de doenças por falta de controlo sanitário. Fomentar a pobreza criará mais pobreza que se alastrará como uma epidemia. A solução está em beneficiar os povos mais pobres criando mais consumidores com poder de compra e exigir, através da diplomacia, que as condições laborais sejam melhoradas nos países onde as condições ainda não são as ideais.



   Vamos começar por cada um fazer a sua parte, mesmo que seja pouco, pois uma grande caminhada começa sempre por um pequeno passo. Vamos dar preferência à aquisição de produtos nacionais e manter e aumentar os empregos no nosso país.
João Galizes

Publicado em 08.01.2011 por João Guerreiro (pseudónimo) no blogue:
AprenderVivendo - Sociedade Justa


«“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão saciados”. Quando o teu desejo for bem forte, será satisfeito, pois buscarás a resposta com persistência e não ficarás satisfeito enquanto não a tiveres encontrado. Terás determinação, paciência, perseverança e persistência para meter mãos à obra até encontrares aquilo que procuras ao longo do caminho espiritual: a concretização da tua unidade coMigo.»

Abrindo as Portas que há Em Nós

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