Partilhas

Este blogue pretende ser uma partilha do tradutor/editor dos livros Abrindo as Portas que há Em Nós e de Escolhendo Amar com os leitores a quem,
em especial a leitura do primeiro, possa ter modificado as suas vidas, e com quem sinta necessidade de encontrar segurança, paz e harmonia na sua vida;
e também sobre como o segundo livro nos pode ajudar a erradicar os medos das nossas vidas ensinando-nos a amar verdadeiramente...

Nota: Os textos apresentados neste blogue são da responsabilidade do Editor e não dos Autores dos livros aqui divulgados,
excepto quando se trata de citações reproduzidas entre aspas com a devida menção autoral.

Informação: Tratando-se a obra Abrindo as Portas que há Em Nós dum livro de meditações quotidianas,
o editor/tradutor
adverte que os conceitos holísticos aqui apresentados não estão condicionados a nenhuma religião em particular.

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27.6.12

Pensamento positivo: sim ou não!?




   Há muitas luas atrás tive um mestre de Raja Yoga que nos ensinou a termos cuidado com aquilo a que se chama pensamento positivo. Estavam, então, a surgir em Portugal as filosofias do “pense positivo e consiga aquilo que deseja!” Eu achava essas filosofias interessantes, mas de difícil execução prática e, como tal, concordei com o mestre que nos ensinava que nem tudo se consegue através do pensamento positivo, e é verdade! Basta pensarmos que se duas pessoas quiserem o mesmo objecto, por muito que ambas pensem de forma positiva, só uma delas irá conseguir obtê-lo. Então, nem tudo é tão fácil como alguns ensinamentos de pseudo-auto-ajuda possam pretender fazer-nos crer. No entanto, hoje continuo a ter a certeza de que o pensamento positivo é importantíssimo na nossa vida, mas não é o segredo para conseguirmos alcançar a fortuna duradoura, e que nos irá permitir viver numa ilha paradisíaca o resto da vida sem termos mais com que nos preocupar. Aliás, será fácil de se perceber que se todos acederem a esse segredo milagroso e conseguirem pô-lo em prática querendo viver em idílicos paraísos com gente serviçal para atender a todos os seus desejos não haverá quem se digne servi-los porque também os escravos servidores estarão no papel de senhores à espera que alguém os sirva! Querermos alcançar o “segredo” como forma de termos acesso a fortunas e poderes ilimitados, e desejar permanecer na mesma subjugação e servilismo do ser humano que continuamos a perpetuar nos dias de hoje, isso não é o que se deverá pretender com o pensamento positivo.

   Depois de ter tido conhecimento dos ilimitados poderes da mente comecei a acreditar que talvez houvesse um segredo por detrás do "segredo" que nos dias de hoje nos incentiva ao pensamento positivo como forma de alcançarmos tudo o que almejamos. Creio que o "Segredo" teve como objectivo demonstrar que quando alguém quer muito alcançar uma meta irá consegui-la se não tiver em consideração alguns valores e pensar mais em si mesmo do que nos outros. O Sonho Americano foi impingido ao povo americano como se dos seus direitos se tratasse, mas ele não passa duma propaganda comercial com intuitos lucrativos. Se assim não fosse, então, que motivos teriam tantos americanos e habitantes do território dominado pelos Estados Unidos para não conseguirem alcançar a felicidade!? Muitos deles, na verdade, conseguiram alcançar em poucos anos aquilo que muitos povos da Terra não conseguirão obter numa vida, nem mesmo em várias vidas consecutivas! Simplesmente, esses americanos compraram o "segredo" errado. Alcançaram muitos bens materiais, e empregos principescamente remunerados, no entanto, muitos, com tudo isso continuam a entrar em depressão e a necessitar de ajuda no âmbito psicológico. Então, por certo, não são as riquezas e a posse de bens materiais que conduzem à felicidade. Já Jesus ensinava que "é mais fácil um camelo passar pelo buraco duma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus"!
   Por que será que Jesus dizia isso? Exactamente para demonstrar às pessoas que não é a riqueza material que conduz à felicidade. Vinte séculos depois, aquilo a que toda a gente ambiciona é a riqueza financeira.

   Afinal, Jesus ensinou o pensamento positivo mas não era aquele que nos é vendido actualmente, pois este serve simplesmente para trazer benefícios aos seus vendedores mas nem sempre garante uma felicidade duradoura aos seus compradores.

"Quem quer viver num mundo
melhor e mais harmónico?"
"Quem está disposto a abandonar esse modelo de
consumismo desenfreado para alcançar isso?"

  Jesus e outros Mestres como Buda, também, ensinaram que a felicidade se consegue através do desapego e não pelo apego às coisas... Mas, hoje em dia é o apego aquilo que as pessoas mais ambicionam, é pena! Por outro lado, isso servirá de aprendizagem, pois há duas formas de aprender: a fácil e a difícil, quando não escolhemos o modo fácil, aprendemos pela via difícil. A opção é nossa.

   Agora pergunto eu: será que o mais importante é mesmo alcançarmos aquilo que ambicionamos? Será que não haverá um outro caminho melhor? A ambição e a ganância desmesurada, nós, já pudemos constatar aonde nos conduziu (infelizmente muitas pessoas ainda não quiseram assimilar isso e continuam a insistir no mesmo), o que muitas pessoas, que hoje se consideram perdidas e desnorteadas, ainda não compreenderam é que há uma outra forma de alcançar a felicidade e isso consiste da importância que nós damos às coisas e às pessoas. Quando passamos a dar mais importância às pessoas do que às coisas tudo flui de forma diferente e mais agradável. Quando passamos a dedicar a nossa atenção às pessoas e à Natureza (que é as Leis de Deus em acção) a felicidade flui livremente através de nós, sem necessidade de esforço adicional para conseguir alcançá-la!
   Para muitas pessoas, ficar a olhar para a actividade duma formiga ou para a forma como uma planta funciona poderá parecer uma mera perda de tempo mas, por certo, será um ganho de tranquilidade na sua vida. Quando mudamos a nossa atitude perante as pessoas e aquilo que nos rodeia a nossa vida passa a fluir de forma mais simples e a nossa bagagem aumenta, não em bens materiais mas em conhecimentos e alegria.
   Não é obrigatório abandonarmos a ambição pelo dinheiro nem pelos objectos em troca da felicidade, a opção é sempre nossa... e os resultados serão sempre a consequência das escolhas que fizermos.



   

10.6.12

Alcançar a Espiritualidade

   É interessante percebermos como tantas pessoas se sentem infelizes, hoje em dia. E se lhes perguntarmos o que fazem para alcançar a sua felicidade, a resposta será certamente um encolher de ombros! Mas, observemos bem como é fácil reclamar do empregado da loja que não atendeu com bons modos, dos ministros que não aplicaram as decisões correctas ou que fizeram comentários ofensivos, do marido que não deu atenção à mulher ou vice-versa, dos filhos  que não são educados com os pais, etc.


   Realmente, é fácil sentirmo-nos vítimas de tantas circunstâncias, mas o que fazemos nós pelos outros, a maioria das vezes, para considerarmos que eles têm que fazer alguma coisa por nós!?


   Há algum tempo vi uma reportagem em que um grupo de pais reclamava (e com razão) que a escola dos filhos não estava em condições. As crianças, em qualquer região do país, têm direito a ter aulas em escolas decentes, como aquelas escolas públicas em que eu estudei há 40 anos, e que poucos defeitos tinham que lhes apresentássemos, não existiam lá quaisquer mordomias mas eram acolhedoras para os alunos. Mas hoje, todos sabemos que os autarcas e o Ministro da Educação justificam a falta de condições com a palavra "crise", uma hipocrisia, todos o sabemos, mas muito justificável! E eu pensei: porque não tomam aqueles pais a iniciativa de melhorarem a escola dos filhos? Será porque lhes assalta a pequenez do pensamento sussurrando-lhes que um dia aquela escola deixará de servir os seus filhos e caso eles colaborassem na manutenção da escola estaria a trabalhar para os filhos dos outros!?


   Bem, se for esse o raciocínio, então, mal vai o nosso país,  pois o que não falta por aí são exemplos de cidadãos beneméritos que ajudam os outros, que colaboram com a comunidade sem quererem qualquer coisa em troca. E desses benefícios, a maior parte das vezes, usufruem os cidadãos que não colaboram para o bem comum. Assim, se passa com as escolas. Se quem deveria cuidar delas não faz, seja qual for o motivo, então outros poderão arcar com a responsabilidade à qual outros fogem.


   Felizmente, vi, alguns meses outra reportagem onde os pais dos alunos deitaram mãos à obra e arranjaram a escola já que as autoridades competentes não o faziam. Estes são cidadãos com bom coração que pensam na comunidade e dispensam desempenhar o papel de vítimas, que tantas vezes a maioria de nós adora desempenhar, reclamando não poder usufruir daquilo a que supostamente tem direito!


   Espiritualidade não é apenas frequentar a Igreja, ou a comunidade espiritual local, é colaborar com o meio em que estamos inseridos, fazendo aquilo que está ao nosso alcance e reclamando menos daquilo que os outros não fazem por nós.


   Um dia estava um homem a plantar umas árvores quando passou um jovem e lhe perguntou: "Que árvores são essas que está a plantar?"
   Ao que o velhote respondeu: "São castanheiros, meu rapaz."
   "Será que o avozinho ainda espera comer daí algumas castanhas?" - Perguntou o jovem.
   "Já não! Certamente que não." - Respondeu o homem.
   "Então por que está a plantá-las!?" - Insistiu o rapaz.
   "Porque já os antigos plantaram as árvores donde eu colhi os seus frutos, e agora eu planto estas para as gerações que hão-de vir depois de mim... Cada um precisa de fazer alguma coisa para os outros!"



   Conclusão: A felicidade, geralmente, não se alcança reivindicando apenas os direitos de cada um, mas, sim, colaborando e proporcionando a outras pessoas como outros contribuem com alguma coisa para nós, também...