Partilhas

Este blogue pretende ser uma partilha do tradutor/editor dos livros Abrindo as Portas que há Em Nós e de Escolhendo Amar com os leitores a quem,
em especial a leitura do primeiro, possa ter modificado as suas vidas, e com quem sinta necessidade de encontrar segurança, paz e harmonia na sua vida;
e também sobre como o segundo livro nos pode ajudar a erradicar os medos das nossas vidas ensinando-nos a amar verdadeiramente...

Nota: Os textos apresentados neste blogue são da responsabilidade do Editor e não dos Autores dos livros aqui divulgados,
excepto quando se trata de citações reproduzidas entre aspas com a devida menção autoral.

Informação: Tratando-se a obra Abrindo as Portas que há Em Nós dum livro de meditações quotidianas,
o editor/tradutor
adverte que os conceitos holísticos aqui apresentados não estão condicionados a nenhuma religião em particular.

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27.10.13

Crise!?


Fala-se de crise, mas o que é a crise nos dias de hoje?



Dizem-nos, basicamente, que a crise é a falta de dinheiro! Mas qual falta de dinheiro!?
Cada vez há mais dinheiro no mundo do que aquele que havia no passado, mesmo que seja virtual, mesmo que não exista na realidade, e seja apenas uma falácia bancária. É verdade que dum ponto de vista real falta o dinheiro vivo, mas as coisas funcionaram bem, mesmo numa situação idêntica de falta de dinheiro palpável, tangível. Tudo funcionava bem porque as pessoas queriam que as coisas assim funcionassem. Mas isto são questões económico-financeiras que dariam pano-para-mangas (ou ainda, que fariam correr muita tinta).

Vejamos, então, de que se trata a crise actual. Há quem diga: a crise surge duma falta de valores! Falar em valores quase me leva a pensar nos valores monetários, mas as pessoas referem-se aos valores como sendo os éticos, e os morais, ou seja, falta ética, e isso gera uma crise de valores. Eu uso uma outra expressão: a crise é a falta de consciência. Durante esta falsa crise, que serve para enganar uns e beneficiar outros, há quem se deixe enganar (por ignorância, ou deliberadamente) e escolha defender valores e bens materiais desprezando as pessoas.
Diz-se na Europa que os países mais pobres, e endividados, têm de pagar aquilo que devem, têm de pagar os montantes que os obrigaram a pedir emprestado para que resolvessem a “crise” vivida nos territórios dos outros, e que esses valores têm de ser pagos com juros elevados, à custa da vida dos seus habitantes. Se alguém empresta, acha que tem que ter um retorno com lucro, pouco importa que centenas de milhares de pessoas fiquem sem empregos, sem sustento, sem casa e com fome, nem que muitas delas se suicidem, ou acabem por morrer, vítimas de já não terem dinheiro para os cuidados básicos de saúde ou, simplesmente, de sobrevivência.

Então, eu pergunto: onde é que fica a consciência daqueles que exigem dinheiro (antigamente chamavam-se escroques, vigaristas, gente sem escrúpulos, a essas pessoas), ou, como fica a consciência, daqueles que – estando do lado dos devedores – dizem, como se também fossem credores, que “temos de pagar aquilo que devemos”?

O dinheiro é mau? Tem alguma utilidade?

Claro que o dinheiro não é mau, nem bom, é simplesmente um instrumento útil que serve para que as pessoa possam trocar bens, entre si, mais facilmente do que se fizessem trocas directas, trocando alfaces por um automóvel, por exemplo. Com o dinheiro estabelece-se um valor para cada coisa, e esse é o montante que cada um terá que conseguir reunir para obter o que deseja adquirir. O dinheiro é útil mas não é a coisa mais importante, porque ele apenas tem a utilidade de servir os seres humanos. Se dermos mais importância ao utensílio do que às pessoas, então, sim, teremos uma crise, porque sem pessoas o utensílio não tem valor. E se algumas pessoas, poucas em relação à maioria, decidem que o dinheiro é mais importante do que o preço duma vida humana, então, elas não têm consciência. Se, mesmo uma maioria, decidir que o dinheiro é mais importante do que uma minoria da população, então, também não terão consciência, e em nenhum dos casos terão percebido o que é a Vida no nosso Planeta, nem para que serve. Como eu costumo dizer: “temos pena!”.

A grande questão será: o que é a Vida, por que estaremos aqui?

Os cientistas já perceberam que a Vida é um processo natural, embora ainda não tenham percebido a sua origem. A sua utilidade, já que de forma científica não pode ser explicada, então, só poderá encontrar uma justificação espiritual. Essa justificação, mesmo que simplista, poderá definir a vida como um processo evolutivo de experiência e aprendizagem. Ao longo da nossa vida passamos por diversas experiências e aprendemos muitas coisas. Assim aconteceu com os minerais, com as plantas, com os seres unicelulares, com as bactérias, micróbios e sistemas mais complexos de vida como sejam os animais, nomeadamente os mamíferos e os seres humanos incluídos naquela categoria animal. O ser humano está entre os mais complexos, não por ser superior aos demais, mas, sim, por ter uma capacidade de consciência diferente da dos restantes. Infelizmente, essa capacidade humana nem sempre é usada e podemos ver pessoas com comportamentos piores do que os dalguns animais. Só podemos concluir que nem todos os humanos são tão evoluídos com alguns animais, mas, pelo menos, possuem a capacidade de compreensão, embora não a usem a 100%.

Com a capacidade de compreensão, e com a consciência, os seres humanos poderão desenvolver muitas outras capacidades como, por exemplo, a compaixão, a empatia pelos outros seres e por aquilo que eles passam como se estivesse acontecer consigo mesmos. Quando olhamos os elementos da Natureza, como os animais, por exemplo, numa luta por alimento, que é a forma de se manterem vivos, conseguimos perceber que nem todos os seres humanos precisam e agir assim, alguns há, e infelizmente bastantes, que nada têm que comer, mas outros nem precisam de lutar para se alimentarem. Esta última capacidade, a de não ter que lutar por comida, poderia ser extensível a todos, se as pessoas usassem a compreensão, a consciência e a compaixão. Não falo aqui do Amor, porque é algo que a maioria das pessoas ainda tem alguma dificuldade em compreender. Deixemos o Amor para outros momentos.

Pensemos apenas na “crise” e na compaixão. A actual conjuntura negativa, que alguns países estão a viver, permite que as pessoas reflictam e percebam que a ganância e o egoísmo está a prejudicar a sociedade como um todo. Então, há uma oportunidade para as pessoas se tornarem mais solidárias e entreajudarem-se. É verdade que muitas pessoas não gostam de dizer que estão mal e pedir ajuda, pois acreditam que isso é demonstrar o seu próprio fracasso perante os outros. Isso não é verdade. Se alguns fracassam é porque outros, também, assim desejam que aconteça. Aprender a pedir ajuda é uma lição de humildade, e saber ajudar de forma desinteressada é compaixão. Todos podem aprender alguma coisa e ao mesmo tempo ajudarem a sociedade a evoluir em conjunto, ajudando-se a si mesmos e aprendendo as lições disponíveis.

A Findhorn Experience Week group

Esta crise não se resolverá por destituir alguns políticos e colocar outros no seu lugar. Esta crise poderá resolver-se quando as pessoas se tornarem mais conscientes e solidárias, isso irá propagar-se e influenciar cada vez mais gente que passarão a aplicar o lema: faz aos outros o que gostarias que te fizessem, sem medo, e sem vergonha, de seres feliz!