Partilhas

Este blogue pretende ser uma partilha do tradutor/editor dos livros Abrindo as Portas que há Em Nós e de Escolhendo Amar com os leitores a quem,
em especial a leitura do primeiro, possa ter modificado as suas vidas, e com quem sinta necessidade de encontrar segurança, paz e harmonia na sua vida;
e também sobre como o segundo livro nos pode ajudar a erradicar os medos das nossas vidas ensinando-nos a amar verdadeiramente...

Nota: Os textos apresentados neste blogue são da responsabilidade do Editor e não dos Autores dos livros aqui divulgados,
excepto quando se trata de citações reproduzidas entre aspas com a devida menção autoral.

Informação: Tratando-se a obra Abrindo as Portas que há Em Nós dum livro de meditações quotidianas,
o editor/tradutor
adverte que os conceitos holísticos aqui apresentados não estão condicionados a nenhuma religião em particular.

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27.10.13

Crise!?


Fala-se de crise, mas o que é a crise nos dias de hoje?



Dizem-nos, basicamente, que a crise é a falta de dinheiro! Mas qual falta de dinheiro!?
Cada vez há mais dinheiro no mundo do que aquele que havia no passado, mesmo que seja virtual, mesmo que não exista na realidade, e seja apenas uma falácia bancária. É verdade que dum ponto de vista real falta o dinheiro vivo, mas as coisas funcionaram bem, mesmo numa situação idêntica de falta de dinheiro palpável, tangível. Tudo funcionava bem porque as pessoas queriam que as coisas assim funcionassem. Mas isto são questões económico-financeiras que dariam pano-para-mangas (ou ainda, que fariam correr muita tinta).

Vejamos, então, de que se trata a crise actual. Há quem diga: a crise surge duma falta de valores! Falar em valores quase me leva a pensar nos valores monetários, mas as pessoas referem-se aos valores como sendo os éticos, e os morais, ou seja, falta ética, e isso gera uma crise de valores. Eu uso uma outra expressão: a crise é a falta de consciência. Durante esta falsa crise, que serve para enganar uns e beneficiar outros, há quem se deixe enganar (por ignorância, ou deliberadamente) e escolha defender valores e bens materiais desprezando as pessoas.
Diz-se na Europa que os países mais pobres, e endividados, têm de pagar aquilo que devem, têm de pagar os montantes que os obrigaram a pedir emprestado para que resolvessem a “crise” vivida nos territórios dos outros, e que esses valores têm de ser pagos com juros elevados, à custa da vida dos seus habitantes. Se alguém empresta, acha que tem que ter um retorno com lucro, pouco importa que centenas de milhares de pessoas fiquem sem empregos, sem sustento, sem casa e com fome, nem que muitas delas se suicidem, ou acabem por morrer, vítimas de já não terem dinheiro para os cuidados básicos de saúde ou, simplesmente, de sobrevivência.

Então, eu pergunto: onde é que fica a consciência daqueles que exigem dinheiro (antigamente chamavam-se escroques, vigaristas, gente sem escrúpulos, a essas pessoas), ou, como fica a consciência, daqueles que – estando do lado dos devedores – dizem, como se também fossem credores, que “temos de pagar aquilo que devemos”?

O dinheiro é mau? Tem alguma utilidade?

Claro que o dinheiro não é mau, nem bom, é simplesmente um instrumento útil que serve para que as pessoa possam trocar bens, entre si, mais facilmente do que se fizessem trocas directas, trocando alfaces por um automóvel, por exemplo. Com o dinheiro estabelece-se um valor para cada coisa, e esse é o montante que cada um terá que conseguir reunir para obter o que deseja adquirir. O dinheiro é útil mas não é a coisa mais importante, porque ele apenas tem a utilidade de servir os seres humanos. Se dermos mais importância ao utensílio do que às pessoas, então, sim, teremos uma crise, porque sem pessoas o utensílio não tem valor. E se algumas pessoas, poucas em relação à maioria, decidem que o dinheiro é mais importante do que o preço duma vida humana, então, elas não têm consciência. Se, mesmo uma maioria, decidir que o dinheiro é mais importante do que uma minoria da população, então, também não terão consciência, e em nenhum dos casos terão percebido o que é a Vida no nosso Planeta, nem para que serve. Como eu costumo dizer: “temos pena!”.

A grande questão será: o que é a Vida, por que estaremos aqui?

Os cientistas já perceberam que a Vida é um processo natural, embora ainda não tenham percebido a sua origem. A sua utilidade, já que de forma científica não pode ser explicada, então, só poderá encontrar uma justificação espiritual. Essa justificação, mesmo que simplista, poderá definir a vida como um processo evolutivo de experiência e aprendizagem. Ao longo da nossa vida passamos por diversas experiências e aprendemos muitas coisas. Assim aconteceu com os minerais, com as plantas, com os seres unicelulares, com as bactérias, micróbios e sistemas mais complexos de vida como sejam os animais, nomeadamente os mamíferos e os seres humanos incluídos naquela categoria animal. O ser humano está entre os mais complexos, não por ser superior aos demais, mas, sim, por ter uma capacidade de consciência diferente da dos restantes. Infelizmente, essa capacidade humana nem sempre é usada e podemos ver pessoas com comportamentos piores do que os dalguns animais. Só podemos concluir que nem todos os humanos são tão evoluídos com alguns animais, mas, pelo menos, possuem a capacidade de compreensão, embora não a usem a 100%.

Com a capacidade de compreensão, e com a consciência, os seres humanos poderão desenvolver muitas outras capacidades como, por exemplo, a compaixão, a empatia pelos outros seres e por aquilo que eles passam como se estivesse acontecer consigo mesmos. Quando olhamos os elementos da Natureza, como os animais, por exemplo, numa luta por alimento, que é a forma de se manterem vivos, conseguimos perceber que nem todos os seres humanos precisam e agir assim, alguns há, e infelizmente bastantes, que nada têm que comer, mas outros nem precisam de lutar para se alimentarem. Esta última capacidade, a de não ter que lutar por comida, poderia ser extensível a todos, se as pessoas usassem a compreensão, a consciência e a compaixão. Não falo aqui do Amor, porque é algo que a maioria das pessoas ainda tem alguma dificuldade em compreender. Deixemos o Amor para outros momentos.

Pensemos apenas na “crise” e na compaixão. A actual conjuntura negativa, que alguns países estão a viver, permite que as pessoas reflictam e percebam que a ganância e o egoísmo está a prejudicar a sociedade como um todo. Então, há uma oportunidade para as pessoas se tornarem mais solidárias e entreajudarem-se. É verdade que muitas pessoas não gostam de dizer que estão mal e pedir ajuda, pois acreditam que isso é demonstrar o seu próprio fracasso perante os outros. Isso não é verdade. Se alguns fracassam é porque outros, também, assim desejam que aconteça. Aprender a pedir ajuda é uma lição de humildade, e saber ajudar de forma desinteressada é compaixão. Todos podem aprender alguma coisa e ao mesmo tempo ajudarem a sociedade a evoluir em conjunto, ajudando-se a si mesmos e aprendendo as lições disponíveis.

A Findhorn Experience Week group

Esta crise não se resolverá por destituir alguns políticos e colocar outros no seu lugar. Esta crise poderá resolver-se quando as pessoas se tornarem mais conscientes e solidárias, isso irá propagar-se e influenciar cada vez mais gente que passarão a aplicar o lema: faz aos outros o que gostarias que te fizessem, sem medo, e sem vergonha, de seres feliz!


5.1.13

Medo, ganância e egoísmo

   Tempos complicados aqueles que se vivem hoje na Europa (assim como noutros países ao redor do mundo). Momentos difíceis mas não impossíveis de conseguir ultrapassar os obstáculos que se levantam a esta sociedade global moderna.

   Quais serão hoje os países que não possuam qualquer tipo de dificuldades para a sua população? Poucos, muito poucos, são aqueles onde a vida não seja tão difícil como noutros onde as turbulências são enormes e constantes.
  Na Europa existem alguns casos modelo, como os países nórdicos, ou escandinavos, (Dinamarca, Suécia, Noruega e Finlândia) e ainda outros menores como a Suíça, o Lichtenstein, o Luxemburgo ou Andorra (até agora, aparentemente, não apresentam grandes problemas), embora a vida nesses países não seja isenta de problemas, mas de certo não é comparável com a de países como a Guiné-Equatorial ou a Somália, em África, o Haiti nas Caraíbas, a Coreia do Norte ou Myanmar (antiga Birmânia) na Ásia, ou mesmo os novos pobres europeus da Grécia e de Portugal, para só mencionar alguns a nível mundial.

   Por certo a vida não poderá ser 100% segura e tranquila, pois se assim fosse poderiam perder-se muitas oportunidades de novas experiências e aprendizagens. Isto poderá parecer um pouco cruel ou insensível, mas o planeta Terra não passa duma escola plena de lições! Só que a vida poderia ser mais facilitada se as pessoas tomassem consciência do que se passa a nível mundial. Claro que a informação, hoje, é globalizada, mas mesmo assim há muita falta de informação, ou melhor dizendo, há muita desinformação. Aquilo que as pessoas, verdadeiramente, deveriam saber não lhes é contado.

   A vida, hoje, globalizou-se em certos aspectos, mas continuou fragmentada noutros. Caíram algumas barreiras alfandegárias para mercadorias e bens, facilitou-se a transferência e comercialização de serviços e a circulação financeira, mas mantiveram-se as pessoas espartilhadas e acorrentadas através do controlo da sua circulação internacional.

   Toda a gente procura felicidade, uns duma forma outros doutra. As populações pobres procuram alcançar o sonhado e prometido Eldorado buscando o paraíso em sociedades mais avançadas (não propriamente mais evoluídas), e quem vive nestas tenta proteger as conquistas alcançadas, muitas vezes, impedindo os mais pobres de se lhes juntarem nos seus países de melhoradas condições.

   É aqui que encontramos o medo que corrói as nossas sociedades. Povos há que vivem, justificadamente, com medo dos perigos que os assolam e da pobreza que os assalta no presente e no futuro próximo ou longínquo, pois vivem com falta de esperança. Povos que vivem em sociedades tranquilas e prósperas vivem com medo de perder as regalias e os direitos conquistados.

   O medo revela-se, também, no estilo de vida que as sociedades escolheram como rumo para os seus cidadãos. A desmesurada obsessão pelo dinheiro, a ganância, revela o medo do desconhecido, e a tentativa de garantir posses materiais que proporcionem estabilidade no incerto futuro.

   O medo pode, ainda, ser encontrado no egoísmo muitas vezes demonstrado pelas sociedades mais avançadas que subjugam as menos desenvolvidas através da exploração de recursos naturais, de mão-de-obra, ou de forma financeira nos seus próprios territórios ou países. Esse medo, o egoísmo, tenta convencer algumas pessoas de que elas são superiores aos povos mais desfavorecidos e que estes não merecem a sua compaixão seja qual for a situação que estejam a viver nos seus países. O egoísmo é a expressão do ego que faz com que as pessoas acreditem em situações ilusórias, e que muitas vezes acaba causando injustiças.

   As sociedades são formadas por pessoas, os ditames de cada sociedade e de cada época são criados por pessoas. As vontades e o rumo de cada sociedade têm origem nas pessoas. O medo é criado pelas pessoas. Em suma, são as pessoas que criam o seu bem ou mal-estar e o das outras pessoas ou sociedades com quem contactam. Cabe a cada receptor a responsabilidade pela forma como recebe o bem ou o mal que os outros, os emissores, lhe dirigem.

   Enfim, o medo em geral é o grande responsável pelo estado caótico em que nos encontramos. A solução existe, mas ainda não foi compreendida pela maioria da população, nem pelas minorias com responsabilidades decisórias a nível mundial, nem sequer, tampouco, nacional. A resposta está na confiança, na ausência de medo e no Amor que é o oposto do veneno que nos levanta os obstáculos. O verdadeiro Amor ajuda-nos a compreender os nossos semelhantes e a facilitar a vida, mas como é mal interpretado, neste momento, ainda acaba por criar mais confusão, por ser muitas vezes erroneamente interpretado como mais um sentimento egoísta de satisfação pessoal.

   É fundamental que se ponha sempre em prática a seguinte Lei de Ouro: "Faz aos outros aquilo que gostarias que te fizessem!"

4.1.13

A Crise segundo a Cabala


   "Crise" é uma palavra que hoje está na moda e pelas piores razões, mas, crises não são situações inéditas nem recentes e a Cabala já havia profetizado que esta época em que vivemos seria mais um momento bem complicado na vida das pessoas.
   A seguir pode-se ler mais uma interpretação do significado de crise que nos é dada pelo cabalista Michael Laitman.



   [...] A crise é o colapso da nossa antiga natureza egoísta e o nascimento de uma natureza altruísta. É um processo histórico, ou seja, longo e doloroso. Ele ocorre acima de nós. Já houve algumas mudanças na nossa História. Mas esta é a primeira vez em que podemos participar conscientemente do nosso renascimento e, assim, facilitar o fluxo do processo de nascimento. Caso contrário, tal como no passado, iremos  deparar-nos com revoluções e guerras simultaneamente em todo o mundo.

   A crise está a acontecer em todas as áreas da nossa vida porque é uma crise da nossa natureza; isso é o que precisamos mudar: conscientemente, por meio da educação integrante, ou inconscientemente, quando o sofrimento nos forçar a aceitar as novas mudanças. Como pode ver, a nível pessoal, a crise 
ensina-nos a vida “correcta”.


22.12.12

O Mundo não acabou...



   O mundo não acabou a 21.12.12, nem acabará tão depressa, apenas se vai renovando a cada instante. Apesar de muito receios, muita charlatanice e muito aproveitamento da ignorância de muita gente, este "fim do mundo", à semelhança de tantos outros, lá passou... e uma Era astrológica terminou, a Era de Peixes, e outra começou, a Era de Aquário.



   Claro que as transições não se fazem da noite para o dia, ainda Peixes não tinha terminado e já as influências de Aquário se começavam a manifestar. Já o Sol "entrou" em Aquário para os próximos dois mil anos e ainda as influências de Peixes se continuarão a manifestar, diluindo-se até desaparecerem, para poderem dar lugar a uma época de mais Compreensão, Justiça, Equidade, Harmonia, Paz e Amor entre os Seres Humanos.

   Acima pode ver-se o terceiro movimento realizado pela Terra (que dura cerca de 26.000 anos - mais ou menos 13.000 anos entre as duas posições da Terra na 1ª imagem), chamado movimento de precessão. Depois dos outros dois tão bem conhecidos, e vividos por todos nós, o de rotação (diário, sobre o seu eixo), e o de translação (anual, ao redor do Sol), eis que se nos apresenta o terceiro que é realizado de forma imperceptível pelo eixo da Terra na sua inclinação de cerca de 23,5º, fazendo com que ao longo de milhares de anos o Sol "percorra" as constelações zodiacais (que nós conhecemos ao longo de cada ano), mas apresentadas de forma inversa. Assim, enquanto em cada ano se passa de Capricórnio para Aquário, depois para Peixes, seguido de Carneiro e de Touro, etc, nas Eras astrológicas o caminho foi, de forma inversa, de Touro para Carneiro, depois para Peixes (que acabou de terminar) seguindo para Aquário (que se iniciou agora), continuando posteriormente para Capricórnio, e assim sucessivamente... até ficar completo o ciclo ao fim de milhares de anos.


  

Até agora temos vivido muitas calamidades, muitas provocadas pela ignorância humana e pelo desrespeito pelo nosso semelhante, bem como pelo desrespeito por todas as outras espécies animais, vegetais e minerais. Através das calamidades (naturais ou humanas) há sempre oportunidades para se praticar a solidariedade, algo que fica, muitas vezes, esquecido em momentos dourados de egoísmoambição, conquista, glória e bem-estar para alguns! Assim foi a época de Peixes que acabámos de viver. É com a prática de dar, de doar, de colaborar, de semear, que se começa a receber, a ganhar verdadeiramente, os valores reais que se têm procurado e dificilmente encontrado! Esses valores, essa felicidade não se encontram nos bens materiais e no dinheiro tão ambicionados e conquistados a duras penas por alguns, mas, sim, no fruto dos relacionamentos humanos, algo até agora descoberto por poucos e ignorado por muitos. Tudo isto nos vem ensinar e proporcionar, agora, a Era de Aquário.



   Se queremos Paz, e viver em harmonia e tranquilidade, precisamos de contribuir com esses valores e não ficar à espera que sejam os políticos a proporcionar-nos isso. Aquilo que nós queremos precisa de ser conquistado por todos, não tem forçosamente que nos ser oferecido de mão-beijada por gente que gere o mundo e busca apenas interesses  materiais.

27.11.12

O Erro dos Europeus



   Deixo aqui um comentário interessante do Prof. Michael Laitman, filósofo e cabalista, fundador do instituto Bnei Baruch. Podemos ler o que nos diz sobre a Europa, mais propriamente sobre a União Europeia e o seu actual desnorte reflectido tanto na situação de crise financeira, e de valores, como nas palavras do Presidente da Comissão, nas quais se demonstra o rumo errado que a UE decidiu seguir, assim como todos os restantes países que aderiram ou foram arrastados para a globalização e para sociedades competitivas, em vez de se esforçarem por prosseguir na construção de um novo mundo, mais justo, através da mútua cooperação. A União Europeia está a ser construída pelo telhado (financeiro) em vez de começar e assentar nas fundações (a protecção das comunidades, dos povos). Para ver o vídeo basta clicar em Euronews ou em
I Talk.

   Na Euronews: «O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, respondeu a perguntas que lhe foram colocadas directamente pelos cidadãos
da UE.

»Numa edição especial do I Talk, realizada num “ponto de encontro” interactivo do Google, falou sobre questões que abrangem a dívida e os problemas de emprego que os europeus enfrentam, a democracia na UE e
uma maior integração europeia.

»Explicou que queria ver a Europa desenvolver-
se  numa federação de Estados, e ao mesmo tempo partilhar a soberania entre os membros da UE. Também falou da necessidade de se concentrar no crescimento, a fim de criar emprego sustentável, especialmente para os jovens». 

"O meu comentário: Estimular o crescimento significa a criação de bolhas; nada sairá disto, excepto o aprofundamento da crise. Além disso, a crise não vai acabar até que entendamos que precisamos transformar a comunidade internacional de forma não competitiva, mas em garantia mútua. Para isso, é necessário mudar a natureza do Homem, que precisa do método da educação integral. Esta é a única maneira de salvar o mundo de cair numa selvajaria."



Fontes: laitman.com.br

                         Euronews


17.11.12

50º Aniversário da Comunidade de Findhorn

 
Peter e Eileen Caddy


   Celebram-se hoje, 17 de Novembro de 2012, os 50 anos da criação da Comunidade de Findhorn, centro holístico, no norte da Escócia.
   A comunidade foi criada por Eileen Caddy, o marido Peter e a amiga Dorothy Maclean, em 1962 após terem ficado sem emprego, período em que começaram a praticar jardinagem orgânica como forma de complementar o modo de subsistência da família. Esse momento crítico nas suas vidas foi o início do que hoje se conhece por Ecovila e Fundação Findhorn, centro holístico que permite a iniciação, ou aprofundamento, espiritual a pessoas de todo o mundo.
   Eileen Caddy deixou o nosso mundo físico em Dezembro de 2006, mas deixou-nos um valioso legado: uma via para o melhoramento do ser humano e, consequentemente, do mundo em que vivemos.

   Todos aqueles que se sentem tocados e modificados pelo espírito de Findhorn vos agradecem por tudo aquilo que nos continuam a oferecer e proporcionar à nossa evolução espiritual.

Dorothy e Eileen


Findhorn


10.11.12




Uma montanha com o cume como que
envolto por uma nuvem, foi-me mostrada. 
Vi muita gente escalando a encosta e reparei
que ao atingirem a nuvem, hesitavam
e pareciam ter medo de atravessá-la. 

Ouvi as palavras: 

Não tenhas medo.
Passa através da nuvem da
ignorância para a luz gloriosa do Sol,
e sê consciente da Minha realidade
e da Minha divina presença,
porque EU SOU omnipresente. 
Não existe lugar algum onde EU não esteja.


   Antes de escalares uma alta montanha testarás, com certeza, todo o teu equipamento para ver se está em bom estado e se as cordas não têm qualquer defeito, pois a tua vida depende disso mesmo. Escolherás um bom guia e precisarás de ter absoluta confiança nessa pessoa. Necessitarás de ter vontade de seguir as instruções desse guia e de obedecer às suas ordens sem questioná-las. Passa-se o mesmo nesta vida espiritual. 


   Não há um caminho certo e outros errados. Os montanhistas devem escolher entre escalar a montanha a direito até ao cume, ou optar pelo caminho mais fácil a seguir. Isso depende deles. Decide qual é o melhor caminho espiritual para ti, depois segue-o de todo o teu coração.


Excertos de 
Abrindo as Portas que há  Em Nós

24.10.12

Jornada da Vida



Masaharu Taniguchi 

O Seu Pensamento Pode Mudar Completamente a Sua Vida


"Quando dirigimos mentalização de bênçãos a alguém sem que essa pessoa tenha conhecimento disso e, por consequência, essa pessoa se torna próspera, aumentamos a nossa riqueza espiritual".

Esta vida é uma jornada.

Existe a expressão “jornada da vida”. De facto, esta vida é uma grande jornada.
Passamos por caminhos íngremes e estradas planas, como numa viagem pelas montanhas e pelos campos. Nas montanhas, passamos por caminhos estreitos cheios de pedregulhos e ladeados por rochas de estranhos aspectos, ou por um trilho ao longo de um precipício. Todos os anos, muitos jovens vão escalar montanhas e alguns sofrem acidentes fatais. Mesmo assim, continua a aumentar o número de pessoas que se aventuram em escaladas. O que as motiva deve ser o prazer de sentir o vigoroso pulsar da Vida ao caminhar pelos trilhos difíceis vencendo os obstáculos e, ao mesmo tempo, apreciando um panorama incomum ao seu redor. Se, nas escaladas, as pessoas sentem alegria em enfrentar obstáculos, por que acham que na jornada da vida é preferível seguir somente pelos caminhos planos? Não será porque existe no subconsciente a ideia de que a escalada é uma acção que a própria pessoa resolve praticar, ao passo que a jornada da vida é uma tarefa que lhe foi imposta?

Aos que consideram a sua jornada da vida como uma carga pesada, aconselho:

Mude radicalmente a sua postura mental, comece a pensar que a sua jornada da vida é como o trilho duma montanha que você mesmo resolveu escalar, e procure apreciar, ao longo da vida, os panoramas que se apresentam, mesmo quando eles estão repletos de obstáculos. Essa postura é que lhe proporciona alegria e também o progresso da alma.

Aproveite e faça a Oração para invocar Deus:

Eu sou filho de Deus. Quando eu chamo por Deus, meu pensamento chega até Ele. Ao deparar-me com problemas difíceis, mentalizo Deus, e tenho a certeza de que Ele me orienta com a Sua Sabedoria. Meu Deus, muito obrigado.

Masaharu Taniguchi
www.sni.org.br

16.10.12

Prece pelo Bom Senso


   Épocas da vida em que esta se torna difícil, por diversos motivos, como agora durante esta actual crise concebida por certos banqueiros e políticos, o melhor que há a fazer é buscar iluminação para nós mesmos através da meditação, e pedir iluminação para os outros através da oração ou da prece, já que violência gera mais do mesmo e o que se pretende é exactamente o contrário: paz, tranquilidade e consciência.

   Assim, aqui fica uma prece com um objectivo dirigido à consciência dos decisores políticos e financeiros, e para a nossa própria também.

   É a falta de consciência actual que nos conduz para uma forma de vida mais complicada. Descomplicá-la será uma tarefa nossa, que se conseguirá através da compreensão do significado da vida e dos seu valor.

   Eis, pois a prece pelo bom senso que poderá ser dita em grupos, os quais emitirão uma energia bem mais potente, ou mesmo feita individualmente. A energia violeta transmuta as energias negativas em positivas, e a rosa é de amor:
Envolvidos estamos pelas energias Divinas,
por nossos Anjos-Guardiães, e Espíritos-Guias,
nós, aqui presentes, Vos invocamos e agradecemos
por todos os Vossos 
apoios iluminação concedidos.
Que as nossas preces e intenções por um mundo melhor
ao serem ouvidas pelos seres celestiais possam ser atendidas.

Que na Terra os homens de decisão, governantes ou de negócios
possam ser envolvidos pelas magníficas energias de luz violeta e rosa,
para que as suas intenções sejam iluminadas e as suas acções benéficas
Que sejamos todos nós, também, agraciados com as boas energias,
de forma a termos boas atitudes perante as adversidades surgidas.
Que possamos todos pensar primeiro no bem colectivo
para que o bem-estar pessoal possa, também,
ser-nos contemplado posteriormente.
Que o bom senso permaneça
sempre connosco.
O nosso espírito
Vos agradece.
Assim seja!

Ámen!

25.9.12

Controle a sua mente e livre-se dos maus pensamentos

The Nature Sanctuary: one of several places to meditate in The Park.


A nossa mente é como um aparelho de rádio que recebe todas as espécies de mensagens através das ondas hertzianas. Nossos pensamentos são como mensagens radiofónicas, transmitidos através do éter, captados e transmitidos de pessoa para pessoa.

O pensamento é uma força subtil e dinâmica. A velocidade do pensamento é muito maior que a da luz e ele se propaga instantaneamente. Tem um poder muito grande e é contagiante.

Uma pessoa equilibrada difunde ao seu redor pensamentos de harmonia que entram nas mentes de outras pessoas e produzem sentimentos de paz e harmonia. Em contraste com isto, uma mente negativa, com raiva e inveja, transmite esses pensamentos negativos que entram nas outras mentes, produzindo pensamentos e sentimentos de violência e conflitos.

A lei "os semelhantes exercem mútua atração" funciona também no mundo do pensamento. O semelhante atrai o semelhante. Você rejeita e absorve os pensamentos de acordo com o seu mundo interno. Se você está positivo, assimila pensamentos positivos, de prosperidade e alegria. Se estiver negativo, a sua mente é receptiva às vibrações negativas e assimila pensamentos de medos, tristeza, raiva, e inquietação.

Assim como exercita o seu corpo fazendo caminhadas, ginástica, e desportos, para manter a saúde física, você precisa manter a saúde mental pela recepção de ondas corretas de pensamento. Precisa mudar a sua atitude interior, aprender a relaxar, a apaziguar o corpo e a mente e cultivar pensamentos bons e positivos.

A saúde do corpo começa na mente. Todo o pensamento é transmitido às células e exerce influência sobre o corpo. Se na mente existirem emoções e pensamentos negativos serão transmitidos através dos nervos para cada célula do corpo. A tristeza na mente enfraquece o corpo. As células que atuam como soldados defendendo o corpo, se enfraquecem, tornando-se ineficientes. Isto diminui a força vital e produz a doença.

O sorriso envia para o cérebro uma mensagem que tudo está bem. Isto aumenta a serotonina no cérebro produzindo um estado de bem-estar e o seu sistema imunológico fica mais forte. Sorria. Confie, ria, celebre a vida com um coração agradecido.

Aprenda como controlar seus pensamentos através do yoga

O cultivo do pensamento positivo é uma ciência exata e através do Yoga aprendemos como podemos transformar a nossa vida através dos nossos pensamentos.
O Yoga tem um método muito eficiente para controlar os nossos pensamentos cortando pela raiz o círculo vicioso de incontáveis pensamentos negativos que tiram a nossa paz mental.

Como você planta um jardim, escolhendo boas sementes, plantando-as, esperando que brotem e germinem, assim também você tem que escolher bons pensamentos na sua mente. Para cuidar de um jardim, você observa e arranca as ervas daninhas. Do mesmo modo, você precisa observar os velhos pensamentos negativos e cortá-los na raiz o mais rápido possível. Pare de alimentá-los e afaste-os assim que os observar.

Aprenda a observar a sua mente

Comece a observar atentamente como vários pensamentos inúteis, de preocupação, do passado ou do futuro surgem na sua mente e fogem do seu controle. Um pensamento conduz a outro e você vai se tornando agitado. Observe como se torna tenso quando se deixa envolver por estes pensamentos. Você fica remoendo mágoas, reproduzindo mentalmente cenas conflituantes e gerando assim raiva e sofrimentos inúteis.

Perceba o que acontece na sua mente antes destes pensamentos formarem estas ondas negativas trazendo aflições e ansiedade. Quando detectar isso, diga para si mesmo:
"Olha eu aí de novo... Olha eu alimentando isto de novo".
"Para quê pensar isto e causar sofrimento para mim? Isto é mente negativa".


E deste modo, corte o mal pela raiz. Este método é infalível. Quando a mente perceber que está sendo observada, que agora tem alguém no comando, ela vai se tornando menos resistente, mais dócil e se torna mais fácil controlá-la.
Antes da sua mente disparar com tantos pensamentos pare com esta inquietação. Procure se concentrar no que está fazendo. Converse com sua mente. Explique-lhe que no momento certo você fará o que tem de ser feito, que tudo acontece para melhor. Acredite em si e na sua mente positiva que é a sua verdadeira amiga.

Não permita que a mente permaneça nos velhos sulcos, nos antigos padrões mentais e hábitos antigos de pensamentos. Pratique a vigilância. Mantenha-
-se alerta. Compreenda que você pode afastar os pensamentos desnecessários, negativos, de irritação, de tristeza, e de medo. Cultive pensamentos proveitosos, benéficos e úteis. Aprenda a estar presente no momento presente.

Comece a praticar isto agora mesmo. Não desanime se no princípio achar que é difícil ou até impossível. Muitos destes pensamentos negativos estão morando no seu interior há muito tempo e eles se sentem donos da sua mente; não vão querer sair com facilidade. Tenha a coragem de mudar e ser livre para ser mais feliz. Seja persistente e determinado!

Ao perceber, algumas vezes ao dia, um pensamento negativo e substituindo-
-o imediatamente por um pensamento oposto, você começa a exercer o seu poder de escolha. Começa a usar o poder da mente a seu favor. Você compreende que pode parar de sofrer. Adquire o apoio de uma mente tranquila, amável, mais silenciosa e pacífica.

A maioria das pessoas nem mesmo começa a tentar, e a maioria daqueles que começam, não se lembram de continuar a fazê-lo. Todavia, se você for persistente e estável, pode criar o hábito do pensamento positivo. Em vez do hábito da preocupação e tristeza, desenvolva o hábito da alegria e felicidade.

A maioria de nós tem sido condicionada a pensar negativamente. Isto se tornou um velho hábito e parece perfeitamente natural. Todavia, você pode apagar o velho condicionamento e criar tendências positivas.

Para experimentar um sentimento primeiro tem que produzir o pensamento que é responsável por este sentimento. Quando se sentir triste, deprimido, e desanimado, observe o seu pensamento – com certeza você alimentou um pensamento negativo. Sem pensamento negativo não pode existir depressão, stresse, nem angústia. Você mesmo alimenta os seus conflitos, irritação e ansiedade com a força do seu pensamento.

Precisamos compreender que passado é passado e não adianta ficar remoendo o que já passou, se torturando, se culpando e sendo assim seu próprio inimigo. Sentir mágoas e guardar ressentimentos não muda as situações, apenas perturba a nossa mente e causa infelicidade. Não é errado se lembrar do passado, mas precisamos nos libertar dos sentimentos negativos ligados aos acontecimentos.

Se você tem uma pedra no seu sapato, você a tira. Descalça o sapato, o sacode e sente alívio imediato. Você precisa compreender que também pode remover um pensamento negativo da mente. Basta decidir fazer isso. Escolher o que pensar. Escolher optar por ser mais feliz.

Pratique o doce auto-esforço. Permita que a jóia da paciência emerja do seu próprio ser e brilhe. Desenvolva o poder do pensamento positivo e colha os seus frutos benéficos, vivendo com mais entusiasmo e tranquilidade.

Fique em paz!

Referências bibliográficas:


O Poder do Pensamento pela Ioga. Sivananda, Swami.
Ed. Pensamento - Brasil

Não Faça Tempestade em Copo d'Água... 
e tudo na vida são copos d'água. Carlson, Richard.

Ed. Rocco - Brasil

Fonte: Equilibre-se

23.9.12


   "O amor é a energia mais preciosa em todo o Universo. Porquê? Porque o amor se sobrepõe a todos os medos. O amor é o bálsamo que contém o poder de curar e renovar. É a chave para todas as portas."

Eileen Caddy &
David Earl Platts

Escolhendo Amar



   "Não percas tempo com pensamentos fúteis nem conversas frívolas. Utiliza em cada momento pen­samentos e palavras de amor, positivas e construtivas. Reconhece que os teus pensamentos podem ajudar ou prejudicar-te; por conseguinte, controla os teus pensamentos e as tuas palavras, e não sejas seu escravo."


Eileen Caddy

Abrindo as Portas que há Em Nós 


27.6.12

Pensamento positivo: sim ou não!?




   Há muitas luas atrás tive um mestre de Raja Yoga que nos ensinou a termos cuidado com aquilo a que se chama pensamento positivo. Estavam, então, a surgir em Portugal as filosofias do “pense positivo e consiga aquilo que deseja!” Eu achava essas filosofias interessantes, mas de difícil execução prática e, como tal, concordei com o mestre que nos ensinava que nem tudo se consegue através do pensamento positivo, e é verdade! Basta pensarmos que se duas pessoas quiserem o mesmo objecto, por muito que ambas pensem de forma positiva, só uma delas irá conseguir obtê-lo. Então, nem tudo é tão fácil como alguns ensinamentos de pseudo-auto-ajuda possam pretender fazer-nos crer. No entanto, hoje continuo a ter a certeza de que o pensamento positivo é importantíssimo na nossa vida, mas não é o segredo para conseguirmos alcançar a fortuna duradoura, e que nos irá permitir viver numa ilha paradisíaca o resto da vida sem termos mais com que nos preocupar. Aliás, será fácil de se perceber que se todos acederem a esse segredo milagroso e conseguirem pô-lo em prática querendo viver em idílicos paraísos com gente serviçal para atender a todos os seus desejos não haverá quem se digne servi-los porque também os escravos servidores estarão no papel de senhores à espera que alguém os sirva! Querermos alcançar o “segredo” como forma de termos acesso a fortunas e poderes ilimitados, e desejar permanecer na mesma subjugação e servilismo do ser humano que continuamos a perpetuar nos dias de hoje, isso não é o que se deverá pretender com o pensamento positivo.

   Depois de ter tido conhecimento dos ilimitados poderes da mente comecei a acreditar que talvez houvesse um segredo por detrás do "segredo" que nos dias de hoje nos incentiva ao pensamento positivo como forma de alcançarmos tudo o que almejamos. Creio que o "Segredo" teve como objectivo demonstrar que quando alguém quer muito alcançar uma meta irá consegui-la se não tiver em consideração alguns valores e pensar mais em si mesmo do que nos outros. O Sonho Americano foi impingido ao povo americano como se dos seus direitos se tratasse, mas ele não passa duma propaganda comercial com intuitos lucrativos. Se assim não fosse, então, que motivos teriam tantos americanos e habitantes do território dominado pelos Estados Unidos para não conseguirem alcançar a felicidade!? Muitos deles, na verdade, conseguiram alcançar em poucos anos aquilo que muitos povos da Terra não conseguirão obter numa vida, nem mesmo em várias vidas consecutivas! Simplesmente, esses americanos compraram o "segredo" errado. Alcançaram muitos bens materiais, e empregos principescamente remunerados, no entanto, muitos, com tudo isso continuam a entrar em depressão e a necessitar de ajuda no âmbito psicológico. Então, por certo, não são as riquezas e a posse de bens materiais que conduzem à felicidade. Já Jesus ensinava que "é mais fácil um camelo passar pelo buraco duma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus"!
   Por que será que Jesus dizia isso? Exactamente para demonstrar às pessoas que não é a riqueza material que conduz à felicidade. Vinte séculos depois, aquilo a que toda a gente ambiciona é a riqueza financeira.

   Afinal, Jesus ensinou o pensamento positivo mas não era aquele que nos é vendido actualmente, pois este serve simplesmente para trazer benefícios aos seus vendedores mas nem sempre garante uma felicidade duradoura aos seus compradores.

"Quem quer viver num mundo
melhor e mais harmónico?"
"Quem está disposto a abandonar esse modelo de
consumismo desenfreado para alcançar isso?"

  Jesus e outros Mestres como Buda, também, ensinaram que a felicidade se consegue através do desapego e não pelo apego às coisas... Mas, hoje em dia é o apego aquilo que as pessoas mais ambicionam, é pena! Por outro lado, isso servirá de aprendizagem, pois há duas formas de aprender: a fácil e a difícil, quando não escolhemos o modo fácil, aprendemos pela via difícil. A opção é nossa.

   Agora pergunto eu: será que o mais importante é mesmo alcançarmos aquilo que ambicionamos? Será que não haverá um outro caminho melhor? A ambição e a ganância desmesurada, nós, já pudemos constatar aonde nos conduziu (infelizmente muitas pessoas ainda não quiseram assimilar isso e continuam a insistir no mesmo), o que muitas pessoas, que hoje se consideram perdidas e desnorteadas, ainda não compreenderam é que há uma outra forma de alcançar a felicidade e isso consiste da importância que nós damos às coisas e às pessoas. Quando passamos a dar mais importância às pessoas do que às coisas tudo flui de forma diferente e mais agradável. Quando passamos a dedicar a nossa atenção às pessoas e à Natureza (que é as Leis de Deus em acção) a felicidade flui livremente através de nós, sem necessidade de esforço adicional para conseguir alcançá-la!
   Para muitas pessoas, ficar a olhar para a actividade duma formiga ou para a forma como uma planta funciona poderá parecer uma mera perda de tempo mas, por certo, será um ganho de tranquilidade na sua vida. Quando mudamos a nossa atitude perante as pessoas e aquilo que nos rodeia a nossa vida passa a fluir de forma mais simples e a nossa bagagem aumenta, não em bens materiais mas em conhecimentos e alegria.
   Não é obrigatório abandonarmos a ambição pelo dinheiro nem pelos objectos em troca da felicidade, a opção é sempre nossa... e os resultados serão sempre a consequência das escolhas que fizermos.



   

10.6.12

Alcançar a Espiritualidade

   É interessante percebermos como tantas pessoas se sentem infelizes, hoje em dia. E se lhes perguntarmos o que fazem para alcançar a sua felicidade, a resposta será certamente um encolher de ombros! Mas, observemos bem como é fácil reclamar do empregado da loja que não atendeu com bons modos, dos ministros que não aplicaram as decisões correctas ou que fizeram comentários ofensivos, do marido que não deu atenção à mulher ou vice-versa, dos filhos  que não são educados com os pais, etc.


   Realmente, é fácil sentirmo-nos vítimas de tantas circunstâncias, mas o que fazemos nós pelos outros, a maioria das vezes, para considerarmos que eles têm que fazer alguma coisa por nós!?


   Há algum tempo vi uma reportagem em que um grupo de pais reclamava (e com razão) que a escola dos filhos não estava em condições. As crianças, em qualquer região do país, têm direito a ter aulas em escolas decentes, como aquelas escolas públicas em que eu estudei há 40 anos, e que poucos defeitos tinham que lhes apresentássemos, não existiam lá quaisquer mordomias mas eram acolhedoras para os alunos. Mas hoje, todos sabemos que os autarcas e o Ministro da Educação justificam a falta de condições com a palavra "crise", uma hipocrisia, todos o sabemos, mas muito justificável! E eu pensei: porque não tomam aqueles pais a iniciativa de melhorarem a escola dos filhos? Será porque lhes assalta a pequenez do pensamento sussurrando-lhes que um dia aquela escola deixará de servir os seus filhos e caso eles colaborassem na manutenção da escola estaria a trabalhar para os filhos dos outros!?


   Bem, se for esse o raciocínio, então, mal vai o nosso país,  pois o que não falta por aí são exemplos de cidadãos beneméritos que ajudam os outros, que colaboram com a comunidade sem quererem qualquer coisa em troca. E desses benefícios, a maior parte das vezes, usufruem os cidadãos que não colaboram para o bem comum. Assim, se passa com as escolas. Se quem deveria cuidar delas não faz, seja qual for o motivo, então outros poderão arcar com a responsabilidade à qual outros fogem.


   Felizmente, vi, alguns meses outra reportagem onde os pais dos alunos deitaram mãos à obra e arranjaram a escola já que as autoridades competentes não o faziam. Estes são cidadãos com bom coração que pensam na comunidade e dispensam desempenhar o papel de vítimas, que tantas vezes a maioria de nós adora desempenhar, reclamando não poder usufruir daquilo a que supostamente tem direito!


   Espiritualidade não é apenas frequentar a Igreja, ou a comunidade espiritual local, é colaborar com o meio em que estamos inseridos, fazendo aquilo que está ao nosso alcance e reclamando menos daquilo que os outros não fazem por nós.


   Um dia estava um homem a plantar umas árvores quando passou um jovem e lhe perguntou: "Que árvores são essas que está a plantar?"
   Ao que o velhote respondeu: "São castanheiros, meu rapaz."
   "Será que o avozinho ainda espera comer daí algumas castanhas?" - Perguntou o jovem.
   "Já não! Certamente que não." - Respondeu o homem.
   "Então por que está a plantá-las!?" - Insistiu o rapaz.
   "Porque já os antigos plantaram as árvores donde eu colhi os seus frutos, e agora eu planto estas para as gerações que hão-de vir depois de mim... Cada um precisa de fazer alguma coisa para os outros!"



   Conclusão: A felicidade, geralmente, não se alcança reivindicando apenas os direitos de cada um, mas, sim, colaborando e proporcionando a outras pessoas como outros contribuem com alguma coisa para nós, também...





17.4.12

Holismo

  

   Um termo antigo para uma consciência renovada. Com quase 90 anos o conceito holístico ainda hoje é mal compreendido ou, mesmo, totalmente incompreendido. E mesmo quando é conhecido parece não ser posto em prática.
   A definição de holismo diz-nos que o vocábulo tem origem na palava grega "holos" e que significa inteiro ou todo. O conceito surgiu em 1926, em Londres, num livro de Jan Smuts, "Holism and Evolution". O conceito de holismo diz-nos, ainda, que o todo é maior do que a soma das suas partes.

   As diversas sociedades humanas à face do Planeta parece terem dificuldade em compreender que apesar dalgumas das suas diferenças, todas elas, em conjunto, fazem parte dum só elemento: a Humanidade como um todo. Pela falta de compreensão desse conceito muitos conflitos têm sido provocados em todo o Globo. Os Humanos combatem entre si como se fossem espécies diferentes em busca da sobrevivência. Mas, não são. Afinal, somos todos membros da mesma espécie: Homo Sapiens. Como tal necessitamos desenvolver esforços de compreensão, de entendimento mútuo, abrir a consciência para percebermos que estamos todos no mesmo barco ou nave e que a solução será sempre a cooperação e não a competição ou disputa agressivas. Se épocas houve em que isso até pudesse ter parecido necessário, mas já hoje em dia a guerra é completamente inútil (como sempre o foi, só que não havia consciência disso!).
   Todos os seres humanos têm já pela frente obstáculos e contrariedades suficientes na vida, para não precisarem de ter que continuar a ver-se confrontados com situações de racismo, de desprezo, de calúnias e de violência verbal ou física.
   Não adianta haver pessoas que se sintam dalguma forma superiores às outras porque somos todos iguais, embora cada um se encontre em diferentes níveis de evolução. Quem quer que seja que possa pensar que faz parte duma elite, e que os outros ao seu redor são seres inferiores, pode crer que está totalmente enganado. Assim tem sucedido ao longo da História, muitos se convenceram (e convencem) que seriam superiores e fizeram (e continuam a fazer) por se sobrepor aos demais. Muitos foram derrotados e muitos conseguiram os seus intentos mas o mundo não ficou melhor! Por quê? Porque somos todos um e enquanto não percebermos isso nada funcionará correctamente.
   Nós, humanos, somos como o nosso corpo, cada um sendo uma célula desse organismo. Não adianta o coração, ou cada uma das suas células, querer ser independente ou achar-se melhor que os pulmões, por exemplo, pois nenhum deles consegue funcionar isolado. De que nos serviria termos um coração sem pulmões ou vice-versa? Isto é holismo, o nosso corpo é a soma de todos os elementos que o compõem, e mais ainda, ele é mais do que simplesmente a soma dos seus componentes.
   

   Enquanto alguns seres humanos se entretêm com frivolidades, outros passam por dificuldades, e enquanto houver gente a viver mal, aqueles que aparentemente estão bem, não conseguirão continuar assim eternamente, pois a nossa cabeça não está bem quando uma outra parte do corpo se encontra enferma. Quando o Titanic se afundou provocou a morte tanto a pessoas ricas da 1ª classe como aos pobres da 3ª classe. Se houve uma maior percentagem de sobreviventes na 1ª classe do que na 3ª não terá sido por serem aqueles melhores que os outros, mas apenas porque a estes não lhes foram dadas as mesmas oportunidades de salvamento que àqueles. Onde houve maior número de vítimas foi na 3ª classe e na tripulação, mas mesmo os sobreviventes da 1ª classe continuaram a carregar o peso da tragédia por toda a vida.
   Vejamos as nossas actuais sociedades, com pessoas ricas que vivem, aparentemente, sem problemas financeiros ou de outra ordem. Há também aqueles a quem lhes são atribuídos poucos recursos para que sejam forçados a trabalhar em benefício daqueles que mais têm, mas isso não diferencia as pessoas entre melhores e piores, apenas as coloca em diferentes níveis sociais. Querer manter a diferença de classes pela força é pura ilusão e uma má estratégia. Todos são necessários; em nós o cérebro não é superior a nenhum outro órgão apenas por se encontrar na parte superior do nosso corpo, nem por efectuar raciocínios importantes ou por transmitir ordens para outras partes do corpo.
   Manter altas diferenças entre os vários níveis sociais, ou aumentar excessivamente as que já existem, promove a indignação e a revolta entre muita gente dos estratos inferiores que acabam por transformar a vida dos mais ricos em situações de insegurança e intranquilidade. A criminalidade aumenta e não são apenas os pobres que sofrem, os mais abastados acabam, também, por ser vítimas das condições de vida menos dignas que infligem aos outros seres humanos.
   Não é a roupa de marca que se veste, não são os adornos que se usam, não são os automóveis que se conduzem ou a casa em que se vive que define quem nós somos. Somos aquilo com que nos preocupamos colectivamente e aquilo que queremos da vida, bem como a forma como agimos perante aquilo em que acreditamos e diante de cada situação que se nos apresenta.
   Se muita gente acha que tem direito a viver num condomínio privado com  piscina e automóvel topo de gama, outros há que  também gostariam de mordomias assim, mas não as podem ter. A verdade é que uns não têm mais direitos que os outros apenas porque têm mais dinheiro, quem assim pensa é porque ainda não entendeu o significado da vida neste Planeta-escola e acha que ele é apenas o recreio e não a sala de aulas. Podemos, realmente, ter muita coisa mas enquanto nos esquecermos de ser aquilo que é necessário a vida será deficitária, complicada, aborrecida e tudo o mais que for negativo. Se não soubermos aquilo que somos e o que estamos aqui a fazer, então, o melhor é parar para pensar e reflectir na vida e nas opções tomadas ao longo da nossa existência e percebermos, afinal, o que será essencial.
   Na vida tudo é consequência dalguma coisa, é a acção e a reacção que nos ensina a Lei do Karma, por isso, está nas mãos de cada um de nós promover um mundo melhor... basta querermos!


Fundação Findhorn - Escócia


   Importante não esquecer: SOMOS TODOS UM SÓ,
somos seres holísticos apesar da singularidade de cada um.